A dieta do Mediterrâneo, rica em frutas, legumes, peixes, grãos
integrais, vinho e gordura saudável, como o azeite, e
caracterizada pela baixa ingestão de laticínios gordurosos e
carne vermelha, pode reduzir os riscos de perda de memória e
outros problemas cognitivos. Foi o que revelou um estudo
americano publicado nesta segunda-feira, no periódico
Neurology. De acordo com a pesquisa, porém, os efeitos
benéficos dessa dieta rica em ômega 3 não se estendem às
pessoas com diabetes.
O estudo se baseou em informações sobre a alimentação de 17.478 afro-americanos e caucasianos com idade média de 64 anos. A adesão de cada um à dieta do Mediterrâneo foi medida em uma escada de 0 a 9. As funções cognitivas dos participantes também foram avaliadas no início do estudo e anualmente, ao longo da duração da pesquisa, que foi de, em média, quatro anos.
As pessoas que seguiram regularmente a dieta mediterrânea foram 19% menos propensas a desenvolver problemas em suas habilidades de memória e raciocínio do que aqueles que não seguiram a dieta, à exceção das pessoas com diabetes, entre as quais essa associação não foi encontrada.
Hábitos saudáveis – Estudos anteriores já associaram a dieta do Mediterrâneo a benefícios cardíacos e aumento da longevidade. O ômega 3, muito presente nesta tipo de alimentação, também já foi relacionado a benefícios cognitivos.
"A dieta é uma atividade importante, que pode ajudar a preservar o funcionamento cognitivo mais tarde na vida", afirma Georgios Tsivgoulis, médico da Universidade do Alabama em Birmingham e da Universidade de Atenas, na Grécia. "No entanto, é apenas uma de várias importantes atividades de estilo de vida que podem desempenhar um papel no funcionamento mental da velhice", acrescentou.
Tsivgoulis acrescenta que praticar exercícios, evitar a obesidade, não fumar e controlar diabetes e hipertensão também são fatores importantes para a manutenção das funções cognitivas ao longo da vida.
Fonte: Veja
Opinião do especialista
Durval Ribas Filho
Médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN)
Médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN)
"A dieta do Mediterrâneo é rica em ômega 9, uma gordura monoinsaturada presente principalmente no óleo de oliva, azeitonas e castanhas, e em ômega 3, uma gordura poli-insaturada presente no óleo de peixes, como salmão e atum.
Apesar do que mostra este trabalho, diversos outros estudos científicos concluem que a ingestão de peixes de todos os tipos, de duas a três vezes por semana, promove uma diminuição de mais de 20% no risco de diabetes. Os alimentos integrais, presentes nesta dieta, também se relacionam à redução do diabetes".
Apesar do que mostra este trabalho, diversos outros estudos científicos concluem que a ingestão de peixes de todos os tipos, de duas a três vezes por semana, promove uma diminuição de mais de 20% no risco de diabetes. Os alimentos integrais, presentes nesta dieta, também se relacionam à redução do diabetes".
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JJ
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