Que ele é imprescindível na maioria dos preparos, todo mundo sabe. Mas que existem outras alternativas que não o sal refinado para temperar é novidade para muita gente – o universo, aliás, é amplo que só. Sal marinho, sal negro, flor de sal, sal grosso, sal rosa do Himalaia… E esses são só alguns dos tipos de sal disponíveis – e que podem dar um sabor diferente aos pratos.
Alguns são mais suaves (como o rosa do Himalaia, por exemplo), outros têm umsabor mais forte e mineral (como o negro), por tanto, é importante ir com cautela na hora de experimentar um tipo diferente de sal. “Além disso, não misturo o tipo que escolhi com sal refinado, por que cada um deles tem uma particularidade e escolho usá-lo por esse motivo, então quero ressaltar essa característica específica”, explica o chef Claudinei Oliveira, do Mukeka.
A exceção fica por conta da delicada flor de sal, muitas vezes usada para finalizar pratos, como explica Kika Marder, do Sel et Sucre. A chef também dá a dica de evitar os sais que já vêm misturados com ervas. “Preciso sempre as ervas frescas”, explica ela.
Confira as características de cada um
Sal negro: natural das montanhas do Himalaia, é mais forte e tem sabor característico, mais mineral – combina bem com carnes vermelhas, mas pode ser usado sem problemas para temperar carnes mais suaves e pode até fazer parte de receitas de doces. O chef Claudinei Oliveira gosta de usá-lo em sua chuleta de angus grelhada, já a chef Kika Marder garante que tem tudo a ver com linguine à Carbonara.
Flor de sal: com textura crocante e aparência de cristal, a flor de sal derrete com muita facilidade, então é mais utilizada na finalização de saladas, peixes e molhos mais suaves, especialmente à base de manteiga (mas também pode dar um toque especial em doces – é comumente usado com caramelo).
Sal grosso: essencial para a maioria dos fãs de churrasco, o sal grosso é exatamente o mesmo que o sal refinado, a diferença está apenas no tamanho dos cristais. É o tempero perfeito para carnes vermelhas, especialmente cortes altos, como mignon – o chef do Mukeka recomenda usá-lo triturado com um pouco de pimenta.
Sal rosa do Himalaia: como o próprio nome diz, também é originário do Himalaia – costuma vir em grãos grossos e tem sabor considerado um pouco mais suave. Caiu no gosto dos brasileiros e pode substituir o sal refinado sem problemas, como faz a chef Kika Marder, que utiliza o utiliza na grande maioria dos seus preparos.
Sal marinho: tem aparência bem similar a do sal grosso e normalmente é seco naturalmente, ao sol, ou seja, tem um refinamento mais grosseiro – o que significa que não costuma ter tantos aditivos e não perde seus micronutrientes. O sabor é levemente mais suave que o do refinado.
Sal refinado: o sal mais comum das cozinhas brasileiras, de textura bem fininha, é evitado pelos chefs – Kika costuma preferir o sal rosa, que tem menor concentração de sódio, enquanto Oliveira utiliza apenas para acertar o molho ou tempero de um prato eventualmente, quando sente necessidade.
Sal rosa do Peru: apesar do nome, o sal rosa do Peru tem um tom bem pálido e sabor acentuado – como são colhidos manualmente, os grãos ficam mais úmidos, levemente grudados. Ele é mais difícil de ser encontrado por aqui, mas Kika garante que dá um sabor especial aos preparos de peixes.
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