Cerveja ou chope. Beba, mas não faça confusão
Em essência são a mesma coisa. Ambos levam malte, lúpulo, fermento e água. A diferença é que a cerveja é pasteurizada - aquecida a 60 graus e em seguida resfriada. Processo que garante o controle da fermentação e permite engarrafamento e armazenamento. Já o chope dura no máximo dez dias.
A palavra cerveja deriva do nome da deusa romana Ceres. Os romanos adoravam uma bebidinha e viviam, como dizia Humphrey Bogart, sempre a uma dose a mais. Deve ser por isso que conquistaram o mundo. A bebida já era consumida na Mesopotâmia - atual Iraque - há 6.000 anos. Era usada como moeda e oferenda aos deuses. Oferecer “uma pro santo” é coisa antiga. Foram os monges que na Idade Média aperfeiçoaram o produto, dando o aroma e o sabor que conhecemos atualmente. O chope que você toma hoje é muito parecido com o que se tomava há 300 anos.
Depois houve a invenção da pasteurização. Você se lembra do Louis Pasteur das aulas de biologia? É o próprio. Pois, graças a ele, nasceu a bebida que pode ser servida de duas maneiras: o chope, bebida fresca e recém-fermentada, ou a cerveja, pasteurizada e engarrafada. A cerveja Pilsen tem o nome de uma cidade na República Tcheca, local onde foi inventada a sua técnica: sabor leve, suave e de coloração mais clara..
A palavra chope entrou no vocabulário brasileiro há mais de um século por causa da palavra alemã – schoppen – que quer dizer “copo de cerveja”. Olha só como são as coisas, de copo em copo a gente vai colocando palavras no dicionário. No fundo, todas as grandes reformas da humanidade nasceram na mesa de um bar.
Elis Zanetti