terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Caldo de osso é o novo suco verde.

Caldo feito a partir de ossos de animais é vendido como substituto de chá verdade em estabelecimentos americanos

Caldo de osso é o novo suco verde.

Esqueça o suco verde. O "superalimento" da vez nos Estados Unidos, que promete oferecer quantidades enormes de nutriente a seus adeptos, é o caldo de ossos. Apesar de, hoje, ser vendido como uma nova promessa para o estilo de vida saudável, o caldo nada mais é que água fervida com ossos de diferentes animais. Às vezes, a refeição é incrementada com ervas e legumes.
Em algumas culturas asiáticas, especialmente em culinárias asiáticas, beber um copo de caldo animal como fonte de nutrientes não é novidade. No entanto, a recente propagação da dieta paleolítica aumentou a procura pelo alimento. Essa dieta é baseada na alimentação dos homens pré-históricos e propõe o consumo de alimentos crus e de carne e restringe itens processados e açúcares refinados. 
Segundo os defensores desse caldo, um longo período de fervura – no mínimo quatro horas, mas em algumas receitas esse tempo pode chegar a 48 horas – faz com que a água extraia os nutrientes presentes nos ossos dos animais, como o colágeno e o magnésio. Com isso, os consumidores obtêm benefícios que vão desde diminuição de dores nas articulações até cabelos e pele com aspecto mais saudável.
Lucro — Em diferentes cidades americanas, estabelecimentos começaram a vender a bebida como um substituto mais nutritivo para o chá verde ou o café, por exemplo. A rede americana de carnes Belcampo parece ter encontrado um destino lucrativo para os ossos que sobram de sua produção: nas lojas da empresa, espalhadas por cidades da Califórnia, cada copo de caldo sai por 3,50 dólares (cerca de 9 reais).
“Todos os chefs sabem como fazer o caldo, todos o utilizam como ingrediente, mas ninguém nunca pensou que poderia vender isso”, disse, em entrevista ao jornal The New York Times, o chef Marco Canora. Adepto da dieta paleolítica, ele é dono do Brodo, pequeno restaurante em East Village, Nova York, que serve caldos de osso de peru, frango e carne bovina. 
Especialistas em nutrição, embora assumam que o caldo de ossos de animais tem seu valor nutricional, refutam a ideia de tratar-se de um “superalimento”. “Mas, sem dúvidas, é uma boa opção de sopa para dias frios”, disse Lisa Young, nutricionista da Universidade de Nova York, em entrevista ao Huffington Post dos Estados Unidos.
(Da redação de VEJA.com)
Engraçado, sempre tenho ossos (com tutano) no meu freezer, para fazer caldos para sopa. Meus avós polacos sempre recomendavam este caldo, como fortalecedor e bom para a saúde, como também recomendavam sempre comer muita cebola e alho. Eles sabiam das coisas. E eu adoro um bom caldo de ossos, sempre com tutano.
JJ

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