A febre dos food trucks não para de crescer. Antes, comida sobre rodas no país era sinônimo de hot-dog barato. Agora, chefs já investem em versões de seus estebelecimentos sobre rodas. Em junho desse ano, a prefeitura de São Paulo divulgou uma lista com mais de 700 pontos autorizados para a comercialização de comida de rua na cidade. Para ficar com um dos pontos, é preciso solicitar à subprefeitura o Termo de Permissão de Uso (TPU).
Em Curitiba, que sempre foi uma cidade rápida com a modernidade (foi) o assunto ainda está sendo debatido, para ser legislado...
Ter um food truck virou também uma opção para empreendedores que não têm capital suficiente para abrir um restaurante e oportunidade para quem fabrica os carros. A Bumerangue Reboques, especializada em adaptar trailers, kombis e outros veículos para negócios sobre rodas, tem hoje cinco meses de espera para fazer um food truck.
A empresa foi fundada em 1987, na capital paulista, e Celso de Oliveira, 40 anos, comanda o negócio com o irmão, Evandro. Ele também atua como vice-presidente da Associação Paulistana de Comida de Rua. Oliveira já produzia os veículos sobre demanda e customizados antes da onda dos foos trucks. “Eu já fazia alguns veículos para algumas marcas que faziam ações promocionais como Ambev, Pepsico, e eram bem personalizados”, explica.
Antes da lei que mudou as regras da venda de comida de rua, em média, ele entregava seis veículos por mês. Hoje, já aumentou para nove e até o final desse ano, o empresário quer dobrar a produção. Com uma equipe de 18 pessoas, ele teve que contratar mais gente por conta do aumento dos pedidos. “Desde o projeto de lei, a demanda já tinha começado a crescer. De dezembro para cá, os pedidos aumentaram 150%”, conta.
Para customizar um veículo, o preço varia de 40 mil a 320 mil reais. O valor depende do tipo do veículo e se necessitará de uma cozinha industrial ou não. “São até 50 itens que compõem o orçamento do carro”, explica Oliveira. As adaptações podem levar de uma semana a três meses, dependendo das exigências.Todas as adaptações são feitas de acordo com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e homologadas pelo Inmetro e Denatran. Massa na Caveira, Rolando Massinha e Massa Móvel são alguns clientes da empresa.
Oliveira conta que os primeiros projetos eram mais customizados, e hoje a linha de produção está mais padronizada. “Para aumentar a produtividade, ter peças no estoque ajuda na padronização”, diz Oliveira. Apesar do crescimento, o empresário acredita que há um período de euforia que deve se estender nos próximos anos. A Bumerangue atende clientes de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Hoje, os food trucks podem ser encontrados em feiras, festas e food park, sempre dentro de espaços fechados, mas a expectativa é de que eles possam ir para a rua. “Como empresário e como vice-presidente, espero que a prefeitura reveja os pontos de comida de rua. Tem muitos lugares com carência de pontos de venda na rua e que conseguiriam encaixar essa demanda”, afirma Oliveira. Para ele, quem deseja ter sucesso e faturar com um food truck precisa planejar muito bem e calcular o alcance do ticket médio dos seus produtos.
Fonte: Exame e Google (fotos)
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